"Quando você vê um quadro e gosta muito, a sensação é a de que aquela imagem sempre esteve dentro de você. Com o texto é a mesma coisa: aquilo toca na sua essência e detona tantas ideias e fantasias que se torna parte de sua vida". Newton Mesquita
Compartilho deste sentimento quando leio os livros de Bartolomeu Campos de Queirós que é um dos autores de minha preferência. Ele trata de acontecimentos simples do cotidiano com muito lirismo e profundidade. Como no livro O olho de vidro do meu avô: ”[...] Ele se recostava na cadeira de balanço e se embalava de mansinho como se o mundo morasse em seu colo. Balançava leve para não acordar o silêncio. Guardava uma secreta ternura pelo silêncio. Com ele aprendi que no silêncio cabe tudo. O silêncio decifra todos os labirintos. Não existe um só ruído que o silêncio não escute."
Quando estava no Ensino Fundamental, eu lia uma vez por semana, a convite do professor de Língua Portuguesa, que fornecia opções de leitura em sala. Admirável professor Afonso Peres, nos contagiava com seu amor pela leitura lendo em voz alta e nos apresentando obras de grande valor. Era uma atividade agradável para todos nós. No Ensino Médio, líamos para fazer provas, então não era prazeroso.
Hoje, levo diversos títulos para a sala de aula e os alunos escolhem, realizam a leitura e depois, livremente, compartilham com os demais. Acredito na magia que pode ser instaurada com a leitura de fruição.
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